Porque vivemos a desejar o que não temos e dedicamos a nossa energia, o nosso amor, ao que nos falta, invade-nos um encantamento avassalador quando somos despertos por uma luz como esta, feita crescida. Dois anos de menina. Minha Alice.
Dois anos desde este 22 e parece que a insatisfação pelo que não tinha se reduziu como um balão a perder ar e o amor é, afinal, pelo que existe. Uma reconciliação com o mundo e agora, com ela, já não falta tudo. A vida ficou um pouco mais inteira e o único reverso é o desejo constante que a presença não acabe nunca e o tempo seja mais meigo e não passe tão depressa para a alegria durar mais. Mais destes olhos grandes de quem quer engolir o mundo (ou não tivessem as Alices uma curiosidade infinita, maravilhosa). Mais destes sorrisos puros que não vêm a pedido, só quando e a quem ela se entrega. Mais de uma electricidade que é tão desafiante quanto encantadora. Mais de um tempo novo, de mãos dadas e coração entrelaçado com a mana adorada que a conduz graciosamente, com um cuidado de tirar o fôlego, pela aventura que é crescer. Mais e mais de mãe muralha e âncora que ela nunca perde de vista, como se o cordão fosse mesmo inquebrável. É que não há tesouras para elos como este.
Mais disto e mais dela. Muito mais amor feito Alice e muitos mais 22 de Setembro. Eu, deste lado, estarei sempre, de 2 em 2... minutos (!), com ela na retina. 💜
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